quarta-feira, 31 de julho de 2013

ADQS

Cíntia é uma jovem de vinte anos que vive em Florianópolis com seu “namorado”, Walter, mas seu namorado, que é um perigoso traficante, acaba colocando a vida dela de cabeça para baixo quando ele assassina um rapaz no apartamento de Cíntia. Ela ajuda-o a desovar o corpo, mas fica abalada com a situação e decide que é hora de deixar Walter e aquela vida.

O Paraguai é o destino que Cíntia escolhera para sua fuga. Ela consegue chegar até a rodoviária, mas um dos capangas de Walter acaba interceptando-a e impede o seu embarque. O capanga, Aguinaldo, leva-a para uma viela com o intuito de executá-la, mas graças a um gato ela consegue reagir e tirar a arma de Aguinaldo, matando-o em seguida.

Tudo parecia estar resolvido, mas Cíntia não esperava que um carro de polícia aparecesse e a levasse para a delegacia mais próxima. Na delegacia, ela inventa uma história para tentar se safar de qualquer acusação de assassinato, mas o que ela não esperava era que um homem enigmático surgisse para negociar com ela. Henrique é atencioso e charmoso, e mostra ter completo conhecimento sobre a vida de Cíntia, inclusive sobre o incidente na viela.  Ele faz uma proposta para Cíntia. Caso ela conte toda a verdade sobre seu “namorado” Walter, ela terá total proteção e não cumprirá nenhuma pena com relação ao incidente na viela, além de ajudar sua irmã mais nova que mora com outra pessoa.

Cíntia acaba aceitando e conta tudo para o charmoso Henrique. Walter é levado a julgamento por seus crimes e Cíntia torna-se a principal testemunha de acusação, mas o que ela não esperava é que seria presa junto com Walter por ser cumplice no assassinato do rapaz em seu apartamento.

Ela vai para a prisão, mas depois de tomar um copo de suco acaba passando mal e, supostamente, morre envenenada. Entretanto, tudo fora uma jogada de Henrique para tirá-la da prisão, deixando-a em débito com ele. Para pagar-lhe o débito, ela terá de trabalhar para a organização secreta de espionagem ADQS.

Na organização ela recebe o treinamento necessário e conhece os seus colegas de equipe, iniciando sua nova vida como Thais, a agente secreta que está Acime De Qualquer Suspeita.

O ponto forte do livro é os personagens. Carismáticos e divertidos, os personagens cativam rapidamente, o que deixa a leitura deliciosa. Entretanto, a narrativa é muito direta e simples, o que me pegou desprevenido, pois estou acostumado com livros com narrativa mais pesada. O livro é focado no relacionamento e na vida dos agentes da ADQS e essa narrativa direta e simples deixou um pouco a desejar na questão de trabalhar os sentimentos dos personagens e as reflexões deles.

Contudo, não posso ser injusto. Mesmo com essa narrativa o livro me agradou muito. A leitura foi dinâmica e gostosa, fora que a trama dos personagens é ótima, e os próprios personagens são ótimos. É impossível não se apaixonar pela Bruna ou pelo Caio. Além de ter a sensação de que estava assistindo um seriado de TV, no qual, cada capítulo lido fosse um episódio assistido.

ADQS é uma ótima dica para quem gosta de espionagem e agentes secretos.

Bom





Citação favorita:
“Por incrível que pareça, no país da impunidade, todos que a equipe prendeu continuam na cadeia.”

Thais

Onde comprar: Saraiva |  Cultura | Fnac | Submarino | ModoMartins Fontes ($)


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Resenha ADQS de J. R. Gomes é licenciado sob uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivados 3.0 Não Adaptada.

terça-feira, 16 de julho de 2013

Angelus "Histórias fantásticas de anjos"

Anjos sempre me causam certo fascínio. E por este motivo acabei lendo a antologia Angelus “Histórias fantásticas de anjos”.

A primeira coisa que me chamou a atenção foi a capa, que traz a imagem de The Birth of Venus, 1879, do pintor francês William-Adolphe Bouguereau. O tom azulado ficou perfeito na imagem, pois deu um ar sóbrio nas sombras que ficaram extremamente fortes.

Angelus reúne vinte contos de vinte autores nacionais e um prefácio delicioso com informações sobre anjos em outras obras literárias, e alguns fatos históricos onde esses seres alados já apareceram. Não se engane ao pensar que os contos são voltados à esfera apocalíptica ou a batalhas épicas, pois você verá que está errado.

Os contos de Angelus vão desde um romance entre a filha de uma feiticeira e um anjo até anjos assassinos com desejo pela carnê humana. Como a minha amiga Eri Guimarães disse, e eu concordo plenamente, Angelus é uma montanha russa de emoções. Há momentos em que um conto te leva ás alturas, mas há contos que te deixam desanimados.

Muitos autores souberam construir o seu conto de maneira excelente, como Ramon Giraldi, autor de Pequena Dama, Ceres Marcon com seu conto A Queda e Rodolfo Santos com o conto A Filha das Plumas, mas alguns deixaram a desejar em relação à execução da ideia e o desenvolvimento do enredo. Isso não significa que os contos são ruins, eles apenas não foram desenvolvidos de forma eficaz.

Angelus é uma boa dica para quem nunca leu história sobre anjos e deseja começar agora.

Regular





Citação favorita:
“Não desejo sua luz, sua prisão, sua obediência cega e nem seu Deus. Quero o que tenho. O que conquistei. Não vou permitir que ninguém tire isso de mim.”

Penemue
A Queda por Ceres Marcon


Onde comprar: Saraiva |  Cultura | Fnac | Submarino | Literata | Martins Fontes



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Resenha Angelus de J. R. Gomes é licenciado sob uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivados 3.0 Brasil.

quarta-feira, 10 de julho de 2013

Os elefantes não esquecem

  Oba, mas um livro da Agatha Christie , os Elefantes não esquecem! Vamos à resenha?

  Por mais que seja Agatha essa história é um pouco diferente, a morte, nesse caso um suposto homicídio seguido de suicídio do casal Ravenscroft ocorreu há bastante tempo uns doze anos aproximadamente, e não existia dúvida alguma de que fora isso que acontecera, mas o que mais intrigava era quem matou quem e depois se suicidou? Fora Lady Ravenscroft que matou seu marido ou vice e versa?

  A polícia não chegou a nenhuma conclusão devido às duas digitais do casal estarem na arma que os matou e por não encontrarem mais nenhuma pista, todos esses anos se passaram e isso caiu no esquecimento, até que  Ariadne Olive madrinha da filha do casal é abordada por uma mulher misteriosa pedindo maiores explicações para tentar proteger o seu filho de sua afilhada.

  Mas como assim proteger o seu filho? Do que? E como tentar chegar a alguma conclusão depois de tanto tempo do ocorrido? Ariadne quer ajudar sua afilhada a descobrir o que aconteceu com seus pais e investigar essa mulher misteriosa para saber qual é realmente sua intenção, e para isso ela vai precisar da ajuda de seu amigo Hercule Poirot!

  Eu acho esse livro diferente por dois motivos o primeiro é que o ocorrido se passou há muito tempo e querendo ou não as coisas ficam um pouco mais difíceis para os protagonistas chegarem a uma conclusão pois não tem pistas recentes e só relatos de pessoas mais velhas tentando puxar esse assunto da memória.

  Outra coisa é que já sabe que ocorreu um assassinato e os suspeitos já são mostrados logo nas primeiras páginas então o que realmente sobra do livro?

 Eu achei o livro fraco, acontecem sim algumas reviravoltas típicas da Agatha, mas infelizmente elas já são esperadas e a trama toda é descoberta de uma forma bem simples e previsível...

  Inclusive a parte do assassinato e todo o ocorrido, mas eu não acho que isso tem haver com o fato da Agatha ter escrito mal ou eu ter conseguido decifrar o livro todo, mas sim porque essa característica usada nesse livro já foi utilizado várias vezes na atualidade, então você fica com a sensação de já ter visto isso antes e torna um mistério bem fácil de ser resolvido.

 Infelizmente os diálogos também não me impressionaram muito, nem quando os protagonistas acharam algumas pistas. No fundo deu a sensação de que todo o livro foi enrolação e o que realmente importava, foi muito fácil de ser conseguido.

  Essa obra da Agatha me decepcionou um pouco, mas acho interessante relevar justamente por que é uma história que é bastante utilizada (por ser extremamente interessante quando visto pela primeira vez). Portanto no final das contas vale a pena ler, por que se você não leu muitas obras dessa autora maravilhosa ou não assiste/ Le coisas relacionadas a crimes policias você ira gostar :D

Regular






Citação favorita: 
"Você se surpreenderia com o que as pessoas podem se lembrar de você."



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Os elefantes não esquecem de Cleber Diniz é licenciado sob uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivados 3.0 Brasil.

sexta-feira, 5 de julho de 2013

A Revolta de Atlas Vol. 1

O que aconteceria se a sociedade e a economia mundial começassem a entrar em colapso? O que aconteceria se os grandes pensadores, inventores e empresários simplesmente desaparecessem?

O primeiro volume Não da trilogia A Revolta de Atlas utiliza este cenário como plano de fundo para a sua história.

Escrito pela autora e filósofa norte-americana Ayn Rand, A Revolta de Atlas:  Vol. 1 nos conta a história de Dagny Taggart — vice-presidente da grande ferrovia Taggart Transcontinental — vive na Nova York de um Estados Unidos distópico, no qual o governo insiste em taxar e regulamentar os cidadãos produtivos, suas empresas e realizações individuais. Neste cenário Dagny se vê em uma situação complicada, pois precisa salvar a sua empresa da falência. Após uma determinação governamental que obriga a sua concorrente, Pheonex Durango, a abrir mão da linha que atende o estado do Colorado e que atravessa o país. Tal resolução seria excelente para a Taggert Transcontinental, mas a sua linha que atende a região, a Linha Rio Norte, está completamente abandonada, e ela se vê na missão de reformar completamente a linha em poucos meses, prazo estipulado pelo governo para que a concorrente pare de operar, mas como reformar uma linha imensa e sucateada se os fornecedores de aço não estão conseguindo atender a demanda e a maioria das empresas abriram falência?

Dagny vê uma saída ao comprar, pela primeira vez, o metal Rearden — metal mais leve e mais resistente do que o aço —, inédito no mercado e nunca testado. Junto com Henrry Rearden, inventor e proprietário da única metalúrgica que fabrica o produto, Dagny começa a reconstruir sua linha, mas conspirações governamentais irão atrapalha-los. Uma corrida se inicia para conseguir manter o que resta da economia do país, pois grande parte das empresas ainda em funcionamento depende da linha Rio Norte.

Muitos mistérios são postos na mesa e muitas perguntas são feitas. O que está causando este colapso na economia mundial? Por que os grandes pensadores, empresários e inventores estão se aposentando e sumindo? Quem está por trás das manipulações governamentais? Quem é John Galt? Dagny e Henrry conseguirão sobreviver ao Estado e sua hipócrita ideia de oportunidade igual para todos?

Com uma narrativa primorosa e monólogos em diversos diálogos, Ayn Rand soube rechear sua obra com muita ficção cientifica, filosofia, economia, jogos empresariais, políticos, e acima de tudo, muito mistério.

Excelente





Citação favorita:
“Vou lhe dar uma pista. Não existem contradições. Sempre que você achar que está vendo uma contradição, verifique suas premissas. Você vai descobrir que uma delas está errada.”
Francisco D’Anconia

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A Revolta de Atlas vol. 1 de J. R. Gomes é licenciado sob uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivados 3.0 Brasil.