segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Concurso cultural: Harry Potter


Estamos em novembro, ou seja, já é natal. E pensando nisso o Estante de Garotos fará um concurso cultural para presentear um de vocês com a coleção completa da saga Harry Potter (capa branca). Isso mesmo, são os sete livros da saga, fala se não é um presentão de natal? 

O concurso será realizado entre os dias 10 de NOVEMBRO à 20 de DEZEMBRO e o resultado será divulgado na manhã do dia 25 de dezembro, pois será o nosso presente de natal para um de vocês.

Para participar é muito simples, leia com atenção as regras no link abaixo para não bobear e perder esta oportunidade.

Link para o concurso cultural: http://goo.gl/E6Hcnk


Concurso cultural Harry Potter

quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Livro: Quem é você, Alasca?

Título Original: Looking for Alasca
Autor: John Green
Tradutor: Rodrigo Neves
Gênero: Literatura Juvenil, romance, ficção estrangeira
Páginas: 229
Editora: Martins Fontes
ISBN: 978-85-7827-342-2
  
Eu conheci John Green através do livro "A Culpa é das Estrelas", e resolvi ler os outros livros dele. Então, comecei por "Quem é você, Alasca?" que foi o primeiro romance do autor. E me surpreendi muito, pois honestamente acreditei que ele seria um one-hit-wonder ― uma vez que um de seus livros foi a maior explosão literária dos últimos tempos (Com direito a adaptação cinematográfica). O que, na maioria dos casos,  ofusca outras obras do autor.

O livro conta a história de Miles, um garoto de 15 anos que é fascinado por biografias e "guarda" as últimas palavras das pessoas. Exatamente, ele gosta de guardar qual foi a última coisa que as pessoas falaram (de início achei meio mórbido, mas beleza). Ele decide que é hora de expandir os horizontes e resolve estudar no mesmo colégio interno que seu pai. Chegando lá, ele conhece Coronel, um carinha baixinho e invocado com quem divide o quarto e aos poucos vai sendo introduzido ao círculo de amigos dele, apresentando inclusive Alasca, que é um personagem no mínimo intrigante.

O envolvimento de Miles com os colegas e com a própria Alasca é algo muito legal de se assistir. Primeiro, por que você se sente na escola de novo (para quem já terminou o colégio). Os personagens são muito diferentes e de início você se pergunta como todo mundo consegue andar junto, mas ainda assim, sabe que é possível, pois você também fez parte de um grupo peculiar no colégio. E conforme  vai lendo, vai se relacionando com os personagens, até que o livro ganha um grande mistério que te faz devorar os últimos capítulos na tentativa de entender como isso aconteceu e por que aconteceu.

O livro tem uma narrativa bem interessante. A leitura é bem gostosa e o modo como os personagens foram construídos foi bem satisfatório. Duas coisas que eu curti muito no livro: o fato dos personagens secundários terem tanto destaque e profundidade quanto o próprio Miles ― aqui ressalto que o Coronel é de longe meu personagem predileto, cuja história é mais complexa, logo, ele não é uma personagem rasa; e a divisão escolhida pelo autor, onde temos o "antes" e o "depois" (E passamos grande parte do livro nos perguntando qual será o fato que dividirá a história).

"Quem é você, Alasca" segue a linha do livro que fez nos apaixonar por John Green. História empolgante, um protagonista humano e acima de tudo: uma história que nos faz imaginar que todos fazemos parte de um "grande talvez".

MUITO BOM!


Citação Favorita:
"Passamos a vida inteira no labirinto, perdidos, pensando em como um dia conseguiremos escapar e em quanto isso será legal. Imaginar esse futuro é o que nos impulsiona para a - frente, mas nunca fazemos nada. Simplesmente usamos o futuro para escapar do presente"

- Alasca Young

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Licença Creative Commons
Resenha: Quem é você, Alasca? de Alexandre Dias está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 4.0 Internacional.

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Filme: Sunlight Jr.

Título original: Sunlight Jr.
Diretor: Laurie Collyer
Roteirista: Laurie Collyer
Gênero: Drama
Ano: 2013
Duração: 90 min

Melissa é uma operadora de caixa em uma típica loja de conveniência americana e ao lado de Richie, seu namorado paraplégico, ela vive uma vida supostamente feliz, apesar das extremas dificuldades financeiras que quase chegam a beirar a extrema pobreza.

Eles vivem em um quarto de motel, onde mantêm uma vida sexual ativa. Entretanto, Richie sente-se constantemente culpado pela situação deles, pois em sua mente a sua condição o transformou em uma pessoa inválida e sem serventia para a sociedade americana. Por isso, ele contenta-se em concertar alguns eletrônicos, isso se ele não estiver afogando as suas mágoas com bebidas baratas.

Enquanto isso, sua mulher enfrenta arduamente as humilhações e os assédios constantes de seu patrão e de seu ex-namorado. Mas, uma gravidez repentina ressuscita, aparentemente, o ânimo do casal perante tantas dificuldades, porém tal felicidade não dura muito quando a vida de Melissa e Richie sai completamente dos trilhos, levando-os a caminhos opostos e doloridos.

A cena da personagem Richie no escritório do departamento de benefícios me marcou muito. Quando ele devaneia vendo-se livre da cadeira e andando novamente é a afirmação de como a personagem se enxerga: inválido e sem serventia. O que ele continuará sendo enquanto não se ver de outra forma. E isso retrata muito bem os deficientes americanos que enfrentam o preconceito em um país extremamente preconceituoso, junto com a imposição que a sociedade faz a eles, determinando que são inválidos e não possuem um lugar na sociedade utópica americana.

Em contraponto, a personagem Melissa retrata a busca por algo melhor, a esperança que muitos americanos sem poder aquisitivo possuem de um dia fazer uma faculdade, nem que seja comunitária, o que é algo extremamente inferior nesta sociedade. E a atriz Naomi Watts me surpreendeu muito com sua atuação ao dar vida à personagem, foi uma das melhores atuações que a atriz teve em sua carreira. Suas expressões foram captadas magistralmente com os lances de câmera. Eram tão convincentes e comoventes que me deixou arrepiado em muitas cenas. A equipe de maquiagem foi primordial para que a atriz conseguisse passar as consequências decadentes da vida da personagem.

E ela não é a única surpresa no filme, Matt Dillon surpreende muito em sua atuação como Richie. Eu assisti poucos filmes com ele e, dos poucos que vi, esse foi o único que ele me surpreendeu como ator.


A diretora e roteirista, Laurie Collyer, soube retratar com muita maestria a felicidade e a tristeza que é a vida deste casal, criticando o sistema e a sociedade americana, retratando o estilo de vida pobre e lamentável, e o ciclo da pobreza com a falta de oportunidades que, geralmente, perpetuam-se de geração à geração. Com um final que não é nem feliz ou estabelecido, ela mostra com beleza inexplicável que o sonho americano é uma noção ainda dormente para muitos.

MUITO BOM, VOCÊ PRECISA ASSISTIR!

terça-feira, 28 de outubro de 2014

Filme: A Good Marriage

Título original: A Good Marriage
Diretor: Peter Askin
Roteirista: Stephen King
Gênero: Suspense;
Ano: 2014
Duração: 102 min.

Uma casa bonita com cercado de madeira no subúrbio em Portland, Maine e um marido dedicado e filhos bem sucedidos retratam a vida perfeita de Darcy Anderson. Seu casamento, durante vinte e cinco anos, fora impecável e até tornou-se alvo de admiração dos amigos.

Bob, seu marido, é um contador e frequentemente viaja a negócios. E na ausência do marido, em uma noite, ela encontra acidentalmente uma revista BDSM na garagem, mas Darcy não dá muita importância, afinal, garotos são garotos.

Entretanto, ao tentar arrumar as revistas do marido ela descobre outro segredo: uma caixinha em um fundo falso na parede da garagem. E o que ela encontra dentro a deixa completamente aterrorizada. Lá está a identidade de Marjorie Duvall, uma das vítimas do serial killer “Beadie”.

O que parecia ser um casamento perfeito revela-se ser uma mentira. Seu marido carinhoso, atencioso e exímio pai era, na verdade, um hediondo psicopata que torturava mulheres de formas grotescas, mas o pior de tudo era que ela o amava.

Darcy se vê em um conflito interior, ela amava seu marido como nunca havia amado alguém antes e sabia que ele a amava também, mas seu marido era um monstro que viveu debaixo do mesmo teto que ela durante vinte e cinco anos. Como nunca desconfiara? O que seria de seus filhos se tudo viesse à tona? O que faria quando ele chegasse de viagem? Ela estava diante de uma guerra dentro da própria cabeça, na qual a razão e a emoção tentam se sobrepor uma a outra.

A premissa é genial, baseado em um conto do autor Stephen King e roteirizado por ele, o filme possui o clima de conto, mas a direção deixou muito a desejar, principalmente quando o filme entra no desenvolvimento do conflito de Darcy.

“A Good Marriage” deveria ser, em seu melhor, uma guerra de desejos entre um psicopata e sua esposa. Mas, mesmo assim, o conflito retratado no filme é surpreendentemente e chocantemente enfadonho.

O dilema da personagem Darcy construído no filme não é convincente. Ela é fria, quase insensível, o que prejudicou o desenvolvimento da personagem. O que salva o filme de ser um completo fracasso é o ator Anthony LaPaglia que conseguiu dar vida à personagem Bob. Você acaba achando mais interessante o serial killer do que a esposa, a qual deveria cativar a sua atenção na batalha para impedí-lo. E isso se torna um problema quando a transição do desenvolvimento ao clímax não te surpreende ou se mostra interessante.


O filme não é um total fracasso, mas também não consegue ser bom. O que é uma tristeza muito grande, pois nem mesmo Stephen King conseguiu transportar a genialidade do conto no filme. 

REGULAR!

sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Necrópole: Histórias de Vampiros

Título: Necrópole: história de vampiros
Autor: Alexandre Heredia; Camila Fernandes; Gianpaolo Cappelli; Richard Diegues
Gênero: literatura nacional; suspense; terror
Páginas: 158
Editora: Alaúde
Ano: 2005
ISBN: 85-98497-29-0

Eu tenho um certo apreço pelas antologias, fico maravilhado lendo diversos contos de autores diferentes reunidos em um único livro. Costumo dizer que ler uma antologia é como escavar uma tumba misteriosa do Egito antigo, você poderá encontrar tesouros maravilhosos, mas também poderá encontrar artefatos não muito valiosos.

E o livro “Necrópole: histórias de vampiros” não foge a regra. Reunindo cinco contos de cinco autores diferentes, o livro nos leva para uma Necrópole, uma cidade dos mortos, onde o bizarro e o sobrenatural convive lado a lado com o ser humano. Cada conto possui uma peculiaridade, mas falarei de um em específico que me chamou a atenção e foi o “tesouro” que encontrei nesta “escavação”.

Alexandre Fernandes Heredia, em seu conto “O edifício”, nos transporta para um casarão no centro da cidade, onde há muito funcionara um hotel, mas que hoje é apenas mais um dos milhares cortiços que temos no centro da cidade de São Paulo. Lá vive o jovem Felipe, filho de uma prostituta, cercado por aquela atmosfera lúgubre que faz parte dos antigos casarões. Estes, carregados de histórias e lendas urbanas, as quais preenchem o imaginário popular.

Felipe não é a única criança no cortiço. Barata e Toninho são dois garotos valentões que “mandam” no cortiço. E para se juntar ao clube de Barata e Toninho, ele  precisa descer até o porão do cortiço e ficar por duas horas no antigo quarto, que não era normal, o da zeladoria A lenda de que um vampiro fora empalado há muitos anos e enterrado na parede percorre o cortiço. E, sabendo disso, Barata e Toninho desafiam o garoto a ficar duas horas no quarto, como um teste, e se mostrar-se digno, entraria para o clube.

A realidade e a fantasia se mesclam quando Felipe entra no quarto. Nem ele e nem nós sabemos se o que está acontecendo é a realidade ou o imaginário do garoto. A personagem nos leva a crer que tudo faz parte da realidade e que realmente existe um vampiro enterrado na parede e que, de alguma forma, ele consegue alimentar-se através dela.

As duas horas se passam e Felipe não sai do quarto, Barata se recusa a entrar para buscá-lo e vai embora, mas Toninho resolve entrar para pegar o garoto e levá-lo para cima. Entretanto, ele também não sai do velho aposento abandonado. E o sumiço dos dois garotos leva Maria, mãe de Felipe, a procura deles, mas o que ela não sabe é que algo muito terrível espera por ela na escuridão daquele quarto. E mais uma vez a realidade e a fantasia confundirá o leitor.

O conto “O edifício” merece cinco estrelas sem sombra de dúvida, é um dos melhores contos no livro. O suspense que o autor cria é assombroso e sua narrativa cena por cena envolve o leitor. Em nenhum momento o autor se refere ao centro da cidade como sendo em São Paulo, mas os cortiços são tão característico do centro de São Paulo que foi imediata a associação.

Outros contos também se destacam, como “Rogai por Nós”, de Richard Diegues que nos imerge em alguns questionamentos religiosos e morais em sua narrativa bem detalhada onde ele tece o conto parágrafo por parágrafo. Mas alguns contos deixaram um pouco a desejar, eles possuem uma excelente premissa e são desenvolvidos com muita maestria, mas pecam na transação do desenvolvimento para o clímax, que é a parte mais importante em um conto, pois é nele que o autor deve enlaçar o leitor de forma excepcional e concluir a sua história, e alguns autores se perderam neste processo.

Contudo, os autores se mostraram bem maduros na construção de seus textos (ao contrário de algumas antologias que encontrei por ai), e isso ajudou na construção desta antologia que se mostrou excelente em sua construção. É uma boa dica para quem deseja começar a ler histórias sobre vampiros, mas não quer nenhum compromisso a longo prazo.

Em uma antologia você pode devorar cada conto em seu tempo, sem nenhum compromisso, como se cada conto fosse uma nova vítima a ser apreciada. 

Citação favorita: Mas, no fundo de seu cérebro, ouviu um sussurro leve, quase um suspiro. Seu corpo se retesou e seus sentidos se tornaram alertar pela primeira vez em muitos meses. Ele estava vivo! Não haviam conseguido destruí-lo, nem mesmo com dinamite. E estava livre novamente.

Bom!
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segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Comparação do filme "O Iluminado"

Oi gente.
Não podia deixar de fazer uma breve comparação da adaptação do livro "O Iluminado", afinal estamos no outubro do horror. Espero um comentário de vocês com opiniões a respeito da adaptação, de verdade. Por isso, não deixem de comentar e também se inscrever no canal ;)


sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Psicose, de Robert Bloch

Mais um vídeo-resenha. E hoje vou falar sobre o livro Psicose do autor Robert Bloch, por isso, ajeite-se no sofá ou na sua cadeira e aproveite. Não esqueça-se de comentar e inscrever-se no canal.


segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Filme: Psicopata Americano



Título original: American Psycho
Diretor: Mary Harron
Roteirista: Mary Harron
Gênero: Suspense; Drama
Ano: 2000
Duração: 102 min

Neste outubro do horror muitas novidades estão acontecendo por aqui, uma delas é o novo seguimento de resenhas cinematográficas. Fiquei durante toda a semana pensando qual filme seria digno de estrear este novo seguimento. Depois de pensar bastante, optei por um filme que gosto muito.

Frequentador da alta sociedade nova yorkina, Patrick Bateman é um jovem bonito, elegante, educado e bem sucedido. Sua única preocupação é com sua pele, a qual submete um processo meticuloso todas as manhãs; seus ternos de alta costura; reservas em restaurantes elegantes; além de possuir a necessidade em ter o melhor cartão de visitas de Wall Street. Fútil e narcisista, Patrick encontra apenas uma solução para sua vida vazia, produto do individualismo e consumismo desenfreado dos anos 80: matar.

“Eu tenho todas as características de um ser humano. Mas nenhuma única emoção identificável, exceto ganância e aversão.”

Sua vida repleta de cremes esfoliantes, hidratantes e móveis elegantes divide o cenário com machados e facões em seu apartamento luxuoso, construindo um belo contraste entre a sua máscara e o seu verdadeiro eu.

Rodeado de pessoas fúteis, Patrick só pensa em violência, principalmente quando se trata de Paul Allan, o bem sucedido “colega” de trabalho dele. Em seu primeiro assassinato revelado ao telespectador, vemos um assassino meticuloso, higiênico e profissional. Com direito a um discurso bem elaborado sobre o álbum “Fore!” da banda Huey Lewis and the News e uma dancinha hilária, nosso protagonista sarado mata seu “colega” a machadadas.

Sua apetência assassina não termina com a morte de Paul Allan. Prostitutas e modelos são suas principais vítimas. Os encontros psicóticos de Patrick são recheados de um humor negro bem aplicado, uma sátira deliciosa à sociedade fútil e consumista.

Christian Bale fez um ótimo trabalho ao dar vida a Patrick Bateman. O realismo na expressão lunática dele foi perfeito. Não consigo ver outro ator atribuindo tanta intensidade ao personagem como ele o fez. Ele ganhou a minha admiração no momento em que o vi neste filme, muito antes de vê-lo em qualquer outro.

Apesar de ser bem mais leve do que o polêmico livro de Bret Easton Ellis, Psicopata Americano não deixa a desejar. Com camadas de ménage à trois (que me rendeu boas risadas), futilidade, narcisismo cômico, sarcasmos, ironia, humor negro e muita violência, o filme faz uma crítica social fantástica e mostra que filmes de psicopatas não precisam ser aterrorizantes, cheio de mortes e violência gratuita.

MUITO BOM!




domingo, 12 de outubro de 2014

Vídeo: A origem da vilania

Vocês já pararam para se perguntar o motivo que os vilões possuem para praticar as suas vilanias? Eles já nascem vilões ou se tornam?
Assista o novo vídeo e compartilhe conosco a sua opinião sobre!  




quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Sombras da Noite

Título Original: Night Shift
Autor: Stephen King
Tradutor: Adriana Lisboa
Gênero: Terror
Páginas: 510
Editora: Objetiva
ISBN: 978-85-390-0441-6

Oi! 

Sou novo no Estante e vou apresentar resenhas periódicas aqui. Mas afinal, quem sou eu? Me chamo Alexandre, tenho 23 anos e estudo Publicidade. Quando não estou com a cara enfiada nos livros de marketing, estou lendo romances e livros de terror (sim, desde Nicolas Sparks a Stephen King). E nada melhor do que começar minha participação no blog com meu autor favorito, não é mesmo?

Sou apaixonado pela escrita de Stephen King desde “Carrie”, um dos meus livros favoritos. E tenho certo apreço por seus contos, sempre muito densos e complexos. Após ler “Ao Anoitecer”, fiquei curioso e fui buscar por mais contos dele. Admito: precisei quebrar um grande preconceito ao comprar esse tipo de livro – o de pocket books.

“Sombras da Noite” foi a primeira coletânea de contos do autor, e é considerado o melhor dentre suas outras coletâneas. Constituído por vinte contos, muitos deles já adaptados para o cinema, incluindo “As Crianças do Milharal” ou como todos conhecem: “Colheita Maldita”.

O livro é completo. Stephen King trabalha com a premissa de que vai conseguir te assustar, seja com um terror psicológico ou até mesmo com um terror escatológico. E ele faz isso de modo surpreendente.

Você não sabe o que te espera.

Dentre os contos, três muito específicos se destacam, cada um por uma razão diferente: “O ressalto”, que trabalha com um medo quase que universal descrito de um modo que eu nunca imaginei antes; ”Ex-fumantes Ltda.”, onde o autor consegue mostrar, usando um humor um tanto negro, uma resolução para um problema recorrente; e “O último degrau da escada”, meu conto favorito do livro, pois é mais levado para o lado emocional.

O que mais me deixou impressionado é que eu já conhecia metade das histórias contadas (uma vez que cresci vendo filmes baseados nesses contos), mas ainda assim, era como se eu não soubesse como os contos iriam acabar. King tem o poder de te contar uma história que você já conhece e ainda assim te surpreender.

Citação favorita: "Harold atravessou a casa correndo outra vez, irrompeu na varanda dos fundos e se deteve, paralisado. Era obsceno. Era uma visão grotesca."

Excelente!




quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Qual seu livro predileto do Stephen King?


Outubro é o mês do horror e não podíamos deixar de fora o atual rei do horror na literatura. Eventualmente, todos já assistiram uma adaptação cinematográfica de algum conto ou livro do mestre King. Não há como negar que ele é referência no gênero. E pensando nisso, decidimos sortear o livro “It – A coisa”. Para participar é muito fácil, basta utilizar a caixa abaixo para nos seguir nas redes sociais e deixar um comentário respondendo a pergunta: Qual seu livro predileto de Stephen King?

O sorteio será realizado no dia 30 de outubro e o resultado será liberado no dia 31 no nosso canal do youtube. Fiquem atentos e não percam a oportunidade de ganhar o livro com a nova capa lançada pela editora Suma de Letras.

Sejam bem-vindos ao outubro do horror no Estante de Garotos!


Sorteio - Estante de Garotos

Dexter - A mão esquerda de Deus

Título Original: Darkly dreaming Dexter
Autor: Jeff Lindsay
Tradutor: Beatriz Horta
Gênero: Ficção, policial, suspense, literatura estrangeira
Páginas: 272
Editora: Planeta
ISBN: 978-85-7665-345-5

Hell-o, Folks! Adivinha quem vai abrir este mês tão especial que é outubro?! Exactly! Euzinho mesmo! Um mês cheio de terror, suspense e muitos, mas muitos sustos! Vamos lá?!

Assim como a série, nossa antítese de herói, também conhecido como lindo e belo Dexter é um assassino em série, perito nas artes de camuflar-se na sociedade, localizar suas presas e, claro, matar. Mas o que tem de diferente nisso? Ele é um “policial”!

O primeiro livro da série de Jeff Lindsay nos introduz um analista de laboratório especialista em sangue que, nas horas vagas, gosta de mostrar que seu ofício é uma faca de dois gumes: como descobrir quem matou e não ser pego por aqueles ao seu redor.

Parece ser um belo cenário para um assassino em série, mas como o mundo é uma caixinha de surpresas, sua irmã Debrah é uma policial que busca uma grande ascensão dentro do distrito. E cá vem mais uma pergunta: porque ambos trabalham no distrito? Simples: Harry, pai biológico de Debrah e adotivo de Dexter – sim, adotivo, mas calma, chegaremos lá em alguns instantes – era um grande policial.

O livro começa com Dexter divagando sobre a lua e a noite, sempre na companhia de um passageiro. Aquele que nomeia como “Passageiro sombrio” – tudo o que precisamos saber nesta resenha é que este companheiro guia Dexter, como uma sombra, uma mão em suas mortes. Sem mais delongas, é nos apresentado a primeira morte do livro.

Aos poucos, vamos descobrindo a história de Dexter que, quando criança, viu sua mãe ser morta dentro de um container com uma serra elétrica e lá ficou durante três dias, chorando no sangue dela. Isso acabou mudando drasticamente a vida dele. Após esse tempo, Harry encontra Dexter e o adota.

Enquanto cresce, nota-se um comportamento diferente no garoto. Ao notar isso, o policial decide que deve canalizar este comportamento para um bom lado, o lado da justiça. É então criado o código de Harry para Dexter seguir e matar apenas aqueles que merecem morrer.

Em paralelo que é apresentado o passado do Justiceiro Negro, vemos também seu presente. Nele temos Rita, uma bela mulher e namorada de Dexter, com dois filhos de um casamento destruído pelas drogas.

Durante suas matanças, algo lhe chama a atenção: um novo assassino, tão inteligente e meticuloso quanto ele mesmo, está atacando a cidade e matando mulheres. “Hora de investigar!”, diz seu passageiro oculto no canto de sua mente, e assim ele o faz.

O Assassino, descobrindo aos poucos que há um grande predador em seu encalço, começa a brincar com ele. Dexter começa a receber mensagens que apenas ele entenderia seus significados. Mensagens que apenas ele conheceria, pois somente ele poderia tê-las enviado ou alguém que o conhecesse tão bem, mas quem?

E dessa forma nos é apresentado o primeiro serial killer de nossa série: o Assassino do Caminhão de Gelo (conhecido também como Ice Truck Killer).

Com isso, as investigações de Dex e Deborah começam. E aos poucos, enquanto entramos nos pensamentos de Dexter, descobrimos que algo está errado e, com as mensagens, vimos que somente ele poderia ter feito aquilo. Estaria ele sonâmbulo? Em certo ponto da história, talvez o mais ousado ataque do ITK (sim, vou me referir ao carinha do caminhão de gelo assim, por motivos de: assim é mais rápido) é possível ver nas filmagens quem está por trás de tudo: um homem alto, com camisa florida, queixo quadrado, belas feições ― as que foram notadas, já que era de noite e sabemos como câmeras de segurança nunca tem uma boa qualidade (?)  ― e um cabelo bem cortado. Não pode ser! Seria Dexter?!

Nosso predador noturno encontra-se numa encruzilhada: provar que não é ele que está por trás daqueles assassinatos e, se for, como e porque? E para ajudar ainda mais a confusão de nosso intrépido anti-herói, sua irmãzinha do coração está apaixonada!

Será que ele consegue lidar com tudo isso? Será que conseguirá descobrir quem é o verdadeiro assassino? Há alguém mais ou ele começou a perder o controle de sua vida?

“Dexter: a mão esquerda de Deus” é um livro que te prende do início ao fim. Com uma escrita envolvente de Jeff Lindsay, cada peça do quebra-cabeça é jogada na hora certa, aumentando ainda mais a tensão. Não há como não apaixonar-se por Dexter e envolver-se em seu carisma. Durante a leitura não há como não identificar-se com ele, pelo menos em um ponto de suas reflexões e de suas batalhas internas.

Citação Favorita:
“Estava mais um lindo dia de sol em Miami. Com possibilidade de cadáveres mutilados enfrentarem chuva à tarde. Me vesti e fui para o trabalho.” – Dexter Morgan

Hey! Vocês estão sabendo?! Há novidades vindo por ai! Preparem-se, pois algo incrível acontecerá!

Excelente!

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quinta-feira, 25 de setembro de 2014

A pirâmide vermelha

Oi gente, a resenha de hoje é sobre o livro "A pirâmide vermelha", de Rick Riordan. O mesmo autor de "Percy Jackson e os Olimpianos". Confira o vídeo e não esqueça-se de comentar.


domingo, 21 de setembro de 2014

Vídeo: Preconceito Literário - Erotismo

Novo vídeo no blog! Acompanhado da minha querida amiga Eri Guimarães, falei um pouco sobre o preconceito com os livros eróticos. Assista ao vídeo e comparti-lhe conosco a sua opinião. 


quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Dias Perfeitos

Título: Dias Perfeitos
Autor: Raphael Montes
Gênero: Ficção nacional, romance policial, suspense
Páginas: 274
Editora: Companhia das Letras
ISBN: 978-85-359-2401-5

Conheci este livro de uma forma muito engraçada. Um amigo me presenteou no semestre passado e me disse apenas o seguinte: Leia, mas não procure resenha e nem nada, apenas leia.

Eu nunca li um livro sem saber ao menos do que se tratava, mas aceitei o desafio e o fiz. Devo admitir que tive um pré-julgamento pela capa, mas fui surpreendido completamente.

“Dias Perfeitos” conta a história de Téo, carioca, filho de uma cadeirante e estudante de medicina. Ele vive uma vida pacata, sem muitas emoções e sem muitos amigos. Téo é um rapaz antissocial, mas para não ser injusto, ele tem uma única amiga, se é que podemos chamar de amiga, mas é o mais próximo disso que ele possui. Ela é Gertrudes, uma senhora que sempre está em suas aulas de anatomia. O único problema é que Gertrudes é um cadáver.

Entretanto, em certo dia, a vida de Téo muda quando ele vai contra a sua vontade a um churrasco em uma mansão carioca. Lá ele encontra Clarice, estudante de história da arte e aspirante a roteirista. Ela é o completo oposto dele, descontraída, boemia e aventureira. E isto acaba fascinando-o. Para ele alguma coisa havia mudado por conta dela, uma obsessão surgira pela moça.

“Algo havia explodido dentro dele. Algo que ele não conseguia nem queira explicar. Ainda que não soubesse o sobrenome de Clarice, onde ela morava ou em que universidade cursava história da arte, ele tinha o número do celular dela e isso os tornava íntimos.”
Dias Perfeitos, p. 21.

Após conseguir o telefone de Clarice, Téo tenta entrar em contato mas acaba falhando. Ele começa a perseguir Clarice e descobre onde ela mora. O rapaz volta de carro ao endereço, mas a jovem está de saída. Ele a persegue durante o passeio noturno pela Lapa até que Clarice, depois de quase ser atropelada, adormece bêbada na calçada. Téo a leva para casa e encontra com a mãe dela, e o inimaginável acontece: Clarice desperta e apresenta Téo como namorado. Isso o deixa confuso, mas ele acredita que Clarice não falou da boca pra fora. E no dia seguinte ele resolve visitá-la e leva consigo uma coletânea de contos de Clarice Lispector.

Téo é recebido por Clarice que está arrumando algumas malas na sala. Ela está para sair em viagem para trabalhar em seu roteiro. O diálogo entre os dois entra em ebulição quando Clarice confronta Téo sobre as ligações estranhas que ele fizera para ela fingindo ser outra pessoa. As coisas pioram até o ponto de ela deixar claro que nada nunca acontecerá entre os dois. Irritado com as acusações e com a declaração de Clarice, Téo desfere um golpe nela com o livro de mais de quinhentas páginas e capa dura que comprara para presenteá-la, deixando-a inconsciente.

Isso inicia uma jornada que leva os dois até Teresópolis, destino escolhido por Clarice para trabalhar no roteiro. Entretanto, ela está presa a Téo contra a sua vontade e a partir daí uma série de eventos se inicia levando ambos ao extremo. Muita coisa irá acontecer nesta viagem. E tudo mudará, inclusive os dois.

É com um texto extremamente envolvente que Raphael Montes nos conta esta história. Você se envolve tanto na leitura que nem percebe o tempo passando a sua volta. E ele construiu um suspense delicioso, pois soube bem onde terminar um capítulo e iniciar outro. O livro não é nada previsível, o que me deixou apaixonado por ele. Gosto de livros que me surpreendem a cada capítulo, e “Dias Perfeitos” fez isso com excelência.

Geralmente, nos romances policias temos: o crime; o criminoso e a perseguição. Esses são elementos que constituem um romance policial, mas Raphael Montes quebra esta tradição e foca no crime; no criminoso e nas consequências que o crime causará no criminoso e em sua vítima. Isso foi o ponto que mais me agradou no livro e me despertou a vontade de ler mais livros do gênero.

Agoniante, delicioso e imprevisível define “Dias Perfeitos”. Você não pode deixar de ler este livro que irá te envolver e te deixar de boca aberta com o final. Envolva-se e viva dias perfeitos na companhia de Téo e Clarice.

Excelente





Citação favorita: "Quando um homem tem tanta vergonha de si mesmo e se vê desmascarado, não restam muitos caminhos, Clarice. O suicídio é a única saída"
Téo