terça-feira, 27 de maio de 2014

O Lado Bom da Vida


Título original: 
Silver Linings Playbook
Autor: Metthew Quick
Tradutor: Alexandre Raposo
Gênero: Romance, Comédia romantica.
Páginas: 256
Editora: Intrínseca

Olá pessoal, como vocês estão?

  Hoje minha resenha será sobre o livro “O lado bom da vida”.
  
  A história é contada e vista pelo personagem Pat Solitano um ex-professor que foi internado em um hospital psiquiátrico depois de ter uma crise nervosa após o rompimento de seu casamento.  Pat então começa a narrar sua vida após sua mãe buscá-lo e tirá-lo do hospital. E é a partir daí que ele tenta resgatar tudo o que ele perdeu, começando pelo seu relacionamento.

  A vida dele nesse momento está direcionada à voltar com sua esposa, então ele faz de tudo e tenta mudar toda a sua personalidade para agradar a mulher que ele não vê há muito tempo e que não tem nem sinal de que vá encontrá-la novamente. Então ele é mais simpático, faz coisas que não fazia antes e até lê livros que ele nunca pensou em ler.

 A vida na casa dos Solitanos também não é muito fácil. Sua mãe, é claro, faz de tudo para agradar o filho, comprando maquinas de academia caras e fazendo sua comida preferida, mas o pai de Pat não é tão solidário assim, além dele já não ser aberto há emoções e sentimentos, ele não está confortável com a presença do filho em casa, pois acha que Pat não está curado.

  Nesse meio termo ele encontra Tifanny, uma jovem viúva com problemas de relacionamento, mas que parece se interessar por Pat, então ela tenta ajudá-lo a voltar com sua mulher se ele também fizer um favor para ela!

  E é nessa confusão de sentimentos, emoções, interesses que o drama surge. Pat mal consegue manter a sanidade sozinho, como será que ele vai aguentar a pressão das pessoas ao seu redor?

  O que é diferente em o Lado bom da vida é a forma do autor mesclar o drama com a comédia, que vão de partes em que os personagens são depressivos por coisas totalmente irrelevantes ou quando Pat não consegue entender o sarcasmo de Tifanny. Até partes em que o próprio Pat não consegue se livrar de fantasmas do seu passado e de sua ingenuidade sobre seu antigo relacionamento.

  Eu gostei do Lado bom da vida, não somente por causa do romance em si, mas o fato que os dois estão tentando se adaptar ao mundo que não os aceitam devido aos seus problemas, distúrbios e imperfeições. E parece que a única forma dos dois voltarem aos eixos é se eles ficarem juntos, por que apesar de tudo que passaram e de tudo que possuem, somente eles se conhecem verdadeiramente.



Muito Bom

Citação Favortira:

" Se as nuvens estão bloqueando o Sol, sempre tento ver aquelas nuvens por trás delas, o lado bom das coisas, e lembro de continuar tentando."

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sábado, 10 de maio de 2014

A Rainha dos Condenados

Título original: The Queen of the Damned
Autor: Anne Rice
Tradutor: Eliana Sabino
Gênero: Romance sobrenatural; gótico
Páginas: 586
Editora: Rocco

Como vocês perceberam, sou apaixonado pela Anne Rice e não podia deixar de resenhar este livro que é um dos melhores que a Anne já escreveu. Então vamos lá!

No livro “O vampiro Lestat” conhecemos Akasha, uma antiga rainha egípcia portadora da essência dos vampiros. E em “A rainha dos condenados” ― continuação direta de “O vampiro Lestat” ― vemos as conseqüências dos atos de Lestat no livro anterior.

Neste romance, Lestat começa a relatar brevemente o que lhe aconteceu; o sucesso com seu show; o pandemônio dos vampiros querendo a sua destruição e a incrível força que destruía seus inimigos com fogo. Entretanto, ele dá uma pausa em sua narração e informa ao leitor que alguns fatos anteriores são de grande importância para a compreensão de todo este cenário caótico.

“Porém não se preocupem: embora os abandone, voltarei com força toral no momento apropriado. A verdade é que odeio não ser o tempo todo o narrador na primeira pessoa! Parafraseando David Copperfield: não sei se sou herói ou vítima nessa história.”
A Rainha dos Condenados, pp. 16

A narrativa, ao contrário dos livros anteriores, não é focada em apenas um narrador personagem, aqui temos vários narradores que ajudam a construir esta incrível historia. E com isso você é transportado o antigo império epípcio há seis mil anos, e conhece a história da rainha Akasha e principalmente a história da origem dos vampiros. E obviamente o desfecho de toda a trama. Vemos retornar alguns personagens queridos, como Louis, Gabrielle e Armand, e também vemos novos personagens como Maharet e Jessica, duas personagens narradoras fundamentais para o desfecho do enredo. Além de outros personagens, cujas personalidades peculiares criam um universo vampírico muito mais atrativo aos olhos dos mortais.

A religião e a fé são colocadas em questionamento como em quase todos os livros da autora, e é o que mais me encanta, mas neste romance ela trabalha outros aspectos como a razão de existência, falhas e virtudes humanas representadas por seus vampiros. Além de criar um novo universo e colocar o vampirismo em um patamar nunca antes visto.

Sua escrita é impecável, cheia de detalhes ricos e estruturas deliciosas de se ler. E a diferença peculiar na narração quando troca-se o personagem narrador é fantástica.  Como eu disse na resenha de o Vampiro Lestat, você se convence de que são realmente os personagens que estão contando a história e não a autora. O que torna o livro uma obra deliciosa de devorar em qualquer momento do dia.

Excelente!





Citação favorita: “Nenhum de nós realmente muda com o tempo; apenas nos tornamos mais integralmente o que somos.”
Lestat


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Resenha A Rainha dos Condenados de J. R. Gomes está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional.

domingo, 4 de maio de 2014

sábado, 3 de maio de 2014

As vantagens de ser invisível

Título original: The perks of being a wallflower
Autor: Stephen Chbosky
Tradutor: Ryta Vinagre
Gênero: Romance epistolar; Literatura juvenil
Páginas: 224
Editora: Rocco

Todos nós já fomos, somos ou seremos adolescentes. E por mais bobo que possa parecer para um adulto os pensamentos e a forma como um adolescente vê o mundo, não muda o fato de que este adulto já tenha pensado e visto o mundo da mesma forma.

E as vantagens de ser invisível é isso, o mundo adolescente apresentado por um garoto peculiar e único.

Narrado em formato de cartas, Stephen Chbosky nos conta a história de Charlie, um garoto de quinze anos que está se recuperando de uma grande depressão após perder o seu melhor amigo. Charlie possui certos problemas para se socializar, uma coisa bem complicada para um calouro no ensino médio, mas ele acaba conhecendo dois veteranos que são um pouco estranhos, mas completamente autênticos.

Sam e Patrick acabam acolhendo Charlie em seu círculo de amizade, e ao lado deles o inocente e ingênuo Charlie começa realmente a viver. Ele experimentará as primeiras coisas da adolescência, como o primeiro beijo, o primeiro porre, a primeira briga, o primeiro amor e principalmente os primeiros amigos verdadeiros. Coisas simples que todos nós já passamos ou ainda passamos, mas são coisas simples através do olhar de um garoto único com uma visão de mundo totalmente diferente da maioria. E é essa visão que cativa e envolve adultos e adolescentes durante a leitura. A forma como Charlie enxerga esses acontecimentos é o que torna o livro o que ele é.

Charlie é um personagem que te cativa nas primeiras páginas. E conforme ele nos conta a sua história, você inevitavelmente acaba sentindo-se amigo desse garoto. Sente que o querido amigo para o qual ele escreve as cartas é você. Você se torna amigo de Charlie e conforme as páginas vão passando você se apaixona; se entristece;  se enraivece, se alegra, se identifica. Esse vínculo que o autor cria com o leitor é o que torna a experiência de leitura única.

A narrativa de Stephen Chbosky é simples, mas o seu vocabulário é muito rico. Assim como as ideologias do autor apresentadas através das palavras do personagem narrador. O texto flui naturalmente e as páginas passam sem você perceber. O livro As vantagens de ser invisível é completamente apaixonante e envolvente. É um livro que eu recomendo muito, pois me atingiu de formas que nenhum outro livro me atingira antes.

Venha ler este maravilhoso romance e encontre aquela música perfeito que te faça sentir-se infinito.

Excelente!





 Citação favorita:
“Talvez seja bom colocar as coisas em perspectiva, mas às vezes acho que a única perspectiva é estar aqui. (...) Porque não há problema em sentir as coisas. E ser quem você é.”


Onde comprar: Saraiva  | Cultura | Fnac | Submarino $ | Martins Fontes | Rocco

Charlie
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